Rachel Zuckerberg, Internet e Filhos

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Rachel Zuckerberg, a irmã do criador do Facebook, disse à BBC que os pais têm a responsabilidade de zelar pelo futuro de seus filhos na internet, mesmo antes de eles nascerem.

Rachel Zuckerberg, a irmã do criador do Facebook, disse à BBC que os pais têm a responsabilidade de zelar pelo futuro de seus filhos na internet, mesmo antes de eles nascerem. Isso significa, por exemplo, não postar vídeos ou fotos que possam prejudicar a criança no futuro. Você já se preocupa com isso? Que tipo de ações já tomou a respeito? 

Randi Zuckerberg, que passou seis anos trabalhando para o Facebook, escreveu um livro sobre o impacto das novas tecnologias na sua família e nos seus relacionamentos.

“Temos de ser conscientes do que compartilhamos sobre os nossos filhos na rede”, afirmou Randi em entrevista ao programa Newsnight, do canal de TV BBC 2 na Grã-Bretanha.

“Hoje, a nossa identidade digital é criada antes mesmo de nascermos. Pode parecer estranho, mas a partir do momento que os pais postam na Internet que estão esperando um bebê, já estão criando uma pegada digital para essa criança. Já conversei com muitos pais sobre a grande responsabilidade que temos”.

Segundo ela, essa responsabilidade significa, por exemplo, não colocar na rede qualquer coisa que possa prejudicar a criança no futuro.

Google e email

Randi explicou que pais já têm atuado de outras formas para garantir o bem-estar futuro dos seus filhos na rede, como, por exemplo, reservando para eles um bom endereço de email e outras “propriedades” online.

“Muitos pais têm recorrido a sistemas de buscas, como o Google, antes de escolher o nome de seus filhos. O objetivo é evitar que eles tenham homônimos com histórico negativo na rede”, disse Randi.

“Isso porque a primeira coisa que as pessoas vão fazer quando conhecê-la (a criança) é buscá-la no Google”, acrescentou.

Em entrevista à BBC, ela afirmou que se tornou “mais consciente” sobre a sua relação com o mundo digital após ser mãe pela primeira vez.

Público x Privado

Para Randi, os limites entre os espaços público e privado estão cada vez mais “turvos”.

“No universo digital, não temos mais o luxo de dividir o que é público e privado”, afirmou ela.

Mesmo assim, Randi acredita que as redes sociais trouxeram benefícios “imensos” à sociedade.

“Sou suspeita para falar. Mas acredito que, quando se observa os acontecimentos políticos ao redor do mundo, as redes sociais deram voz a quem não tinha voz”, destacou.

“Além disso, as pessoas podem se comunicar mesmo de longas distâncias. Para as crianças, há um sem número de instrumentos educacionais disponíveis que estimulam a criatividade”, afirmou.

Questionada se tem a “consciência pesada” por ter trabalhado no Facebook, Randi afirmou que começou a ter uma visão menos parcial desse universo quando deixou o Vale do Silício, na Califórnia, que abriga as maiores empresas do setor de tecnologia e inovação do mundo.

“Quando criamos as redes sociais, criamos também desafios aos quais ainda temos de encontrar respostas”, concluiu ela.

 

FONTE: BBC Londres

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