Gestores ainda têm resistência em contratar pessoas com deficiência no Brasil

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Ao serem apresentados a um candidato com deficiência para uma vaga de emprego, 67% dos gestores e empresários ainda têm resistência em entrevistá-lo e/ou contratá-lo, segundo pesquisa feita com profissionais de recursos humanos (RH).

Segundo os dados, apenas 33% dos gestores não tem resistência e contratam o candidato se ele estiver dentro do perfil da vaga.

A segunda edição da pesquisa Expectativas e Percepções sobre a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho foi feita em 2015 pela i.Social, consultoria com foco na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, em parceria com a Catho e com apoio da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil).

No total, 1.519 profissionais de RH responderam à pesquisa.

A diretora de Diversidade da ABRH Brasil, Jorgete Lemos, disse que fica visível a questão de valores muitas vezes enraizados de não reconhecer a capacidade das pessoas com deficiência. O RH tem que ajudar as empresas a realinhar suas ações aos valores que estão sendo adotados pela sociedade. Existe a Lei de Cotas, existe a intenção, mas não existe a atitude compatível.

Essa equação é fácil de ser resolvida, tem que ser trabalhado o enraizamento de valores na organização como um todo, começando pelos gestores e se estendendo à totalidade do corpo de funcionários. Os recrutadores precisam ser mais bem preparados. Fala-se muito acerca da humanização, mas a realidade é que isso ainda continua sendo um mito no mercado de trabalho.

A Lei de Cotas prevê que toda empresa com 100 ou mais funcionários deve destinar de 2% a 5% (dependendo do total de empregados) dos postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência. É grande o percentual de empresas que contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a lei; 2% contratam porque valorizam a diversidade; 3% porque acreditam no potencial dessas pessoas; e 9% têm interesse no perfil do candidato, independentemente de cota ou deficiência.

Outro dado apontado na pesquisa diz que 60% dos profissionais de RH acreditam que as pessoas com deficiências sofrem preconceito no ambiente de trabalho, seja por colegas, gestores ou clientes. Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil existem 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 24% da população brasileira.

Os profissionais de RH precisam ajudar os gestores a rever seus valores, mostrando, inclusive, o impacto que a contratação de pessoas com deficiência pode ter na imagem da organização. Falta sensibilizar mais e mais as empresas para que elas possam perceber que serão beneficiadas, inclusive com uma imagem de boa empregadora.

Isso tem impacto no mercado porque os clientes têm interesse em ter um relacionamento com empresas socialmente responsáveis, então isso também trará um retorno financeiro. Além da conscientização do setor empresarial, é importante que o governo fiscalize as empresas no cumprimento da Lei de Cotas e crie outras formas de incentivo na contratação de pessoas com deficiência.

A Lei Brasileira de Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2015, incluiu, por exemplo, como critério de desempate em licitações públicas o fato de a empresa ter um programa de inclusão de pessoas com deficiência.

A ABRH Brasil também faz um trabalho de enraizamento de valores junto aos profissionais nas seccionais da associação pelo país.

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